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Um caso chocante de maus-tratos e abandono animal veio à tona nesta quinta-feira, 18 de julho de 2025, em Santa Bárbara. Um cão da raça Shih Tzu, que havia sido dado como morto por seus tutores, foi encontrado vivo em um canavial e resgatado, revelando uma farsa para ocultar a crueldade.
A história começou em 16 de julho, quando o tutor levou o Shih Tzu a uma clínica veterinária com um grave ferimento na cauda. Após avaliação, os veterinários diagnosticaram a necessidade de amputação da cauda, orçada em R$ 700,00. O tutor demonstrou descontentamento com o valor e culpou a filha e o próprio animal pelo ferimento. Ele se recusou a autorizar a medicação, permitindo apenas curativos antes de deixar a clínica com o cão.
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Horas depois, o tutor retornou e agendou a cirurgia para a tarde de 17 de julho. Contudo, na manhã do dia da cirurgia, por volta das 10h, a tutora (esposa do rapaz) ligou para a clínica informando que o cão havia falecido durante a noite devido aos ferimentos e que o esposo o havia levado para cremação em local desconhecido, solicitando o cancelamento do procedimento.
A farsa, no entanto, foi desvendada quando um popular encontrou um cão abandonado e ferido em um carreador de cana-de-açúcar, próximo ao Recanto Solar, e o levou à mesma. Imediatamente, os profissionais identificaram o animal como sendo o Shih Tzu que havia sido dado como morto.
Diante da constatação, os veterinários acionaram a equipe de Grupo de Proteção Ambiental (GPA). O GPA se dirigiu à residência do tutor para colher informações, mas ele não foi encontrado. A esposa, identificando-se como responsável pelo cão, inicialmente negou o abandono e alegou que o animal havia recebido todos os cuidados necessários, confirmando o agendamento da cirurgia e a suposta morte pela manhã, com cremação em local desconhecido.
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Confrontada com a informação de que o cão estava vivo e que ela e o marido haviam cometido um crime, a mulher admitiu ter participado da farsa sobre a morte e o abandono do animal.
Diante dos fatos, a tutora, o cão e as evidências foram levados ao 3º Distrito Policial. Após ouvir a equipe do GPA e a mulher, a autoridade policial decidiu lavrar um auto de prisão em flagrante por crime ambiental, com base na Lei 9.605/98, Art. 32. A autora foi liberada após o registro. Além da autuação criminal, o casal será autuado administrativamente pela equipe do GPA por infração ambiental.
O cão permanece na clínica veterinária, sob os cuidados necessários, e após receber alta, ficará sob a tutela de um novo responsável. O caso serve como um alerta para a importância da denúncia de maus-tratos e a responsabilidade na posse de animais.
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