A Polícia Civil localizou na quinta-feira (24) mais partes do corpo de Nicolly Fernanda Pogere, adolescente de 15 anos assassinada e esquartejada em Hortolândia (SP). A confirmação da identidade foi feita na sexta-feira (25), após reconhecimento preliminar da família.
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Os restos mortais estavam em sacos plásticos pretos, ao lado de um sofá, na mesma lagoa onde o corpo havia sido encontrado no dia 18 de julho.

Servidores localizaram os sacos durante manutenção urbana
Funcionários da Prefeitura de Hortolândia encontraram os materiais durante um serviço de rotina nas margens da lagoa, no Jardim Amanda. Eles acionaram imediatamente a Polícia Civil, que isolou a área e solicitou a presença do Instituto de Criminalística de Americana (SP).
Segundo os peritos, os braços e as pernas da vítima estavam em avançado estado de decomposição, armazenados separadamente. Os pés calçavam um par de tênis All Star preto, número 35, compatível com o que Nicolly usava no dia do desaparecimento.
A família da vítima reconheceu preliminarmente os restos mortais com base nas vestimentas e características físicas. A Funerária Alves realizou a remoção e encaminhou o material ao Instituto Médico Legal (IML) de Americana.
Polícia fez nova perícia na casa do ex-namorado da vítima
No mesmo dia, os investigadores retornaram à residência do ex-namorado de Nicolly, principal suspeito do crime. Ele foi apreendido no domingo (20), junto com a atual namorada.
A equipe usou luminol, reagente que identifica sangue humano, e localizou vestígios em vários cômodos da casa. Também foram apreendidas duas facas de cozinha e uma marreta, que passam por perícia técnica.
Casal suspeito foi apreendido no Paraná
A Polícia Civil apreendeu o ex-namorado de Nicolly e a atual namorada, em Cornélio Procópio, no Paraná, onde estavam escondidos com ajuda da avó do rapaz. A operação foi feita em parceria com a polícia do estado.
A investigação aponta que o crime teve motivação passional. Os adolescentes alegaram que Nicolly surtou ao ver os dois juntos e teria iniciado uma agressão. Eles disseram que agiram em legítima defesa, mataram a vítima a facadas e esquartejaram o corpo para facilitar a ocultação.

Versão dos suspeitos é contestada pela polícia
O delegado responsável, José Regino, afirmou que os relatos apresentados não condizem com as evidências coletadas. Segundo ele, os adolescentes usaram de extrema violência e tentaram mascarar a motivação do crime.
A polícia também apurou que as iniciais da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) foram escritas nas costas de Nicolly, mas o delegado afirmou que o gesto foi uma tentativa deliberada de simular relação com o crime organizado.
Nicolly foi dada como desaparecida no início do mês
A adolescente morava em Mococa (SP) e passou férias na casa do avô em Hortolândia. Ela saiu no dia 4 de julho dizendo que visitaria o ex-namorado. O avô registrou boletim de ocorrência no dia 16, após não ter mais notícias da neta.
O corpo foi localizado dois dias depois, envolto em lona e com sinais de tortura.
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Fotos: Divulgação

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