O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos‑PB), indicou o afastamento do mandato da deputada federal Júlia Zanatta (PL‑SC) por até seis meses, após sua participação no motim que interrompeu os trabalhos legislativos nos dias 5 e 6 de agosto. A decisão se soma à de outros quatro parlamentares—Marcos Pollon (PL‑MS), Zé Trovão (PL‑SC), Marcel van Hattem (Novo‑RS) e Paulo Bilynskyj (PL‑SP)—e aguarda votação pelo Conselho de Ética.
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O motim começou como protesto contra a prisão domiciliar concedida ao ex-presidente Jair Bolsonaro, e teve como palco a ocupação da Mesa Diretora da Câmara, bloqueando o início da sessão solene de reabertura dos trabalhos parlamentares.
Além da ação coletiva, Zanatta foi alvo de críticas ao levar sua filha de apenas quatro meses ao plenário durante o protesto. Em suas redes sociais, ela admitiu ter “usado a criança como escudo” e justificou a presença da bebê como uma forma de destacar os ataques que considerava sexistas à maternidade. Por sua atitude, foi formalmente denunciada ao Conselho Tutelar. Após publicar na conta do X que usou sim, a filha como “escudo humano”, Júlia afirmou que foi mal interpretada.
“Eles querem INVIABILIZAR o exercício profissional de uma MULHER usando SIM uma criança como escudo”, disse a deputada na publicação.
A parlamentar está de licença maternidade e foi até Brasília com a filha de colo apenas para participar do protesto.
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Agora, a Corregedoria Parlamentar analisará as condutas dos parlamentares envolvidos, com base nas imagens e representações encaminhadas, retornando posteriormente ao Conselho de Ética para deliberação final

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