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A Prefeitura de Sumaré (SP) inaugurou na sexta-feira (3) o primeiro Serviço de Residência Terapêutica (SRT) do município, localizado na região central.
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A iniciativa, promovida pela Secretaria Municipal de Saúde, representa um marco na política de saúde mental e reintegração social, oferecendo acolhimento digno, cuidado contínuo e reconstrução de vínculos a pessoas com transtornos mentais graves que passaram longos períodos internadas em hospitais psiquiátricos.
A nova residência, classificada como Porte II, tem capacidade para 10 moradores e foi planejada para garantir um ambiente seguro e humanizado.
O espaço dispõe de quartos individuais e coletivos, áreas de convivência, cozinha, lavanderia e acompanhamento integral de uma equipe multiprofissional composta por cuidadores, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais.
Desinstitucionalização e dignidade
De acordo com a legislação da desinstitucionalização, o Serviço de Residência Terapêutica é voltado a pacientes sem vínculos familiares que foram abandonados em hospitais psiquiátricos. Em Sumaré, os moradores chegam após décadas de internação. Um deles permaneceu hospitalizado por 54 anos, enquanto outro viveu 18 anos em instituição.
Com o novo modelo de cuidado, o tempo máximo de internação passa a ser de 3 a 6 meses, reafirmando o compromisso da Reforma Psiquiátrica com o respeito aos direitos humanos e o fim das internações prolongadas.
Integração com a rede de saúde mental
A residência funcionará integrada à Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), em articulação com o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Adulto Orquídea, a Unidade de Saúde da Família (USF) Vasconcelos e outros serviços de saúde, fortalecendo o acompanhamento e a reinserção comunitária dos moradores.
O secretário municipal de Saúde, Rafael Virginelli, destacou que o projeto vai além de oferecer moradia. “Não se trata apenas de uma casa, mas de um espaço de vida, de reconstrução de vínculos e de cuidado contínuo. A residência coloca o usuário no centro do cuidado”, destacou o secretário.
Com a inauguração, o Estado de São Paulo passa a ter apenas três pacientes indicados para instalação imediata em residências terapêuticas, reforçando o impacto regional da iniciativa.
A nova residência consolida Sumaré como referência em políticas públicas de saúde mental, reconhecida pela promoção da dignidade, autonomia e inclusão social dos usuários do sistema.
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Foto: Prefeitura de Sumaré
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