O prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), foi afastado do cargo por 180 dias nesta quinta-feira (6), em decisão judicial, durante a segunda fase da Operação Copia e Cola, da Polícia Federal (PF), que investiga desvios de recursos da Saúde municipal.
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O vice-prefeito, Fernando Martins da Costa Neto (PSD), assumiu a administração temporariamente, garantindo a continuidade dos serviços públicos, segundo a Prefeitura.
“A prefeitura de Sorocaba reforça seu compromisso com a transparência e o respeito às decisões judiciais”, informou a administração municipal.
Prisão e mandados
A Polícia Federal cumpriu sete mandados de busca e apreensão e efetuou duas prisões preventivas. O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) determinou também o sequestro e indisponibilidade de R$ 6,5 milhões em bens de alguns investigados e proibiu contato entre eles.
A operação apura fraudes na contratação emergencial de uma organização social para administrar unidades de saúde da cidade e possíveis operações de lavagem de dinheiro, incluindo depósitos em espécie, pagamento de boletos e negociações imobiliárias.
Na primeira fase da operação, deflagrada em 10 de abril de 2025, foram apreendidos R$ 1,7 milhão em dinheiro vivo, sendo R$ 863.854 em caixas de papelão dentro de um carro ligado a um operador financeiro do esquema. Outros R$ 646.350 foram apreendidos em Araçoiaba.
Os investigados podem responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitação, lavagem de dinheiro, contratação direta ilegal e organização criminosa.
Defesa do prefeito
A defesa de Rodrigo Manga afirma que a investigação é “completamente nula”, iniciada de forma ilegal e conduzida por autoridade manifestamente incompetente.
Segundo os advogados, trata-se de perseguição política, sem provas que relacionem o prefeito às irregularidades investigadas. A defesa ainda critica o afastamento, por considerar baseado em supostas irregularidades de 2021, e garante que todas as medidas jurídicas estão sendo adotadas para restaurar a legalidade.
Nota da defesa completa
O prefeito Rodrigo Maganhato, por intermédio dos seus advogados, esclarece que a investigação conduzida pela Polícia Federal de Sorocaba é completamente nula, porque foi iniciada de forma ilegal e conduzida por autoridade manifestamente incompetente. Além disso, é fruto de perseguição política, não havendo nada de concreto a relacionar o prefeito nesse inquérito policial.
Ademais, indiscutivelmente temerário o afastamento do prefeito baseado em ilações sobre supostas irregularidades investigadas.
Os supostos fatos remontam ao ano de 2021, o que demonstra a ausência de qualquer contemporaneidade capaz de colocar em risco a continuidade do exercício do legítimo mandato do chefe do Executivo Municipal. Mandato este, inclusive, conquistado nas urnas, de forma legítima e maciça.
A defesa reafirma sua confiança no pleno restabelecimento da verdade, reiterando que todas as medidas jurídicas cabíveis estão sendo adotadas para corrigir e reformar essa ilegalidade.
São Paulo, 6 de novembro de 2025.
Daniel Leon Bialski, OAB/SP 125.000
Bruno Garcia Borragine, OAB/SP 298.533
André Mendonça Bialski, OAB/SP 508.490
Flávia Mria Ebaid, OAB/SP 458.994
Júlia Zonzini, OAB/SP 481.623
Victória Lee, OAB/SP 489.218
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Foto: Divulgação



