O Brasil acaba de alcançar um feito histórico: a aprovação da primeira vacina contra a dengue em dose única, desenvolvida integralmente no nosso país. Em meio a uma epidemia com mais de 1,6 milhão de casos em 2025, essa conquista é um verdadeiro triunfo da ciência brasileira, e merece ser aplaudida de pé.
Produzido pelo Instituto Butantan, o imunizante protege contra os quatro sorotipos da doença, tem eficácia superior a 90% contra casos graves e hospitalizações e será incorporada ao PNI (Programa Nacional de Imunizações) no ano que vem. Uma dose única, segura, eficaz e acessível, um divisor de águas na saúde pública.
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É impossível celebrar essa vitória sem reconhecer o papel fundamental do Instituto Butantan e dos cientistas do Estado de São Paulo. Em tempos em que a FURP (Fundação para o Remédio Popular) foi extinta pelo governo estadual, uma decisão que levanta sérias preocupações sobre a soberania farmacêutica nacional, o Butantan se agiganta.
Enquanto uma estrutura pública de produção de medicamentos é desmantelada, outra se fortalece e entrega ao Brasil uma das vacinas mais importantes da década. Isso mostra que investir em ciência dá resultado, e enfraquecer instituições estratégicas é um risco que não podemos correr.
A vacina contra a dengue é mais do que um imunizante: é símbolo de competência, resiliência e compromisso com a saúde pública.
Parabéns ao Instituto Butantan, aos pesquisadores, técnicos, voluntários e profissionais que tornaram isso possível. Que essa conquista inspire mais investimentos, mais respeito à ciência e mais reconhecimento ao trabalho incansável dos nossos cientistas.
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Não há espaço para o negacionismo e o desmonte. O Brasil precisa de mais Butantans e investimento na ciência, que melhora nossa qualidade de vida e salva vidas.
Ana Perugini é deputada estadual e procuradora especial das mulheres na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo
Elke Gomes Veloso é advogada, pós-graduada em Direito Constitucional pelo Centro de Extensão Universitária e pós-graduanda em Direito Eleitoral pelo IDP – Instituto de Direito Público
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