O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou nesta quarta-feira (4) a prisão da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A decisão veio um dia após a parlamentar anunciar que deixou o Brasil, semanas depois de ser condenada a dez anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com ajuda do hacker Walter Delgatti.
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Além da prisão, Moraes determinou o bloqueio de passaportes (inclusive o diplomático), salário de deputada, verbas de gabinete, bens e contas bancárias da parlamentar. O objetivo é garantir o pagamento das multas impostas pela condenação.
As redes sociais de Zambelli, como X (antigo Twitter), Facebook, Instagram, TikTok, Telegram, YouTube, LinkedIn e GETTR, também deverão ser bloqueadas em até duas horas, a partir da notificação das plataformas.
Caso continue se manifestando online, mesmo por meio de terceiros, Zambelli poderá ser multada em R$ 50 mil por dia.
O ministro também determinou que a Polícia Federal inclua o nome da deputada na lista de procurados da Interpol e informe o seu paradeiro às autoridades do país onde ela estiver, para que seja iniciada a extradição.
A decisão atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) feito na terça-feira (3), e foi motivada pelo fato de Zambelli, segundo Moraes, ter “fugido do território nacional” para evitar o cumprimento da pena.
Em entrevista ao canal AuriVerde Brasil, no YouTube, a própria deputada admitiu a viagem e revelou ter transferido suas redes sociais para o nome da mãe, numa tentativa de evitar bloqueios.
Além do caso da invasão ao sistema do CNJ, a deputada também é ré no STF por outro episódio ocorrido em 2022. Na ocasião, ela sacou uma arma de fogo e perseguiu o jornalista Luan Araújo, em São Paulo, durante o segundo turno das eleições presidenciais.
Zambelli ainda pode apresentar embargos de declaração contra a sentença da Primeira Turma do STF.
O julgamento desses recursos está previsto entre esta sexta-feira (6) e o próximo dia 13 de junho. Se a condenação for mantida, ela perderá o mandato e terá que pagar, junto com Delgatti, uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais coletivos.
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Com informações da Agência Brasil | Foto: Michel Jesus / Câmara dos Deputados

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