A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi incluída na lista de foragidos internacionais da Interpol nesta quinta-feira (5). A inclusão no sistema de Difusão Vermelha atende a um pedido da Polícia Federal, em cumprimento à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou sua prisão preventiva.
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A Difusão Vermelha da Interpol é um banco de dados sigiloso que reúne informações sobre pessoas procuradas pelas polícias dos 196 países-membros do órgão. Embora o nome da parlamentar ainda não apareça na lista pública do site na tarde desta quinta-feira, ele já consta na área restrita acessada apenas por autoridades policiais.
Segundo a Interpol, nem todos os nomes da lista vermelha são divulgados publicamente por motivos de segurança e estratégia.
A inclusão de Zambelli na lista internacional foi analisada em menos de 24 horas. O diretor de cooperação internacional da PF, Felipe Seixas, explicou que estar na lista não implica prisão imediata. Cada país tem regras diferentes sobre a detenção de foragidos, e no Brasil, por exemplo, é necessária uma ordem judicial para que a Polícia Federal realize a prisão.
Zambelli foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão por envolvimento em invasões ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Após a decisão da Primeira Turma da Corte, ela deixou o Brasil. Em declarações públicas, afirmou que seguiria para a Itália, onde possui cidadania.
Com a nova inclusão, a lista da Interpol passa a contar com 72 brasileiros procurados internacionalmente. Carla Zambelli é a sétima mulher brasileira a figurar na Difusão Vermelha, que inclui nomes ligados a crimes como tráfico de drogas, homicídio e tortura.
A expectativa é de que, nos próximos dias, o nome da deputada passe a constar na seção pública da lista da Interpol, tornando sua situação ainda mais exposta internacionalmente.
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Foto: Câmara dos Deputados

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