A estiagem prolongada tem cobrado um preço alto na Região Metropolitana de Campinas (RMC) e entorno. Pelo menos sete cidades próximas a Americana admitiram estar enfrentando problemas no abastecimento de água, com algumas já em situação crítica devido à baixa precipitação e à seca que atinge todo o estado de São Paulo.
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A dificuldade no fornecimento, que levou Americana a decretar emergência hídrica, agora se espalha, forçando prefeituras a tomar medidas drásticas como rodízios, alertas máximos e suspensão de empreendimentos.
A situação é particularmente grave em diversos municípios. Além de Americana, que já lida com reservatórios operando com capacidade reduzida, a lista das cidades em estado de atenção máxima ou crise inclui:
- Artur Nogueira: Implementou rodízio no abastecimento para preservar os recursos hídricos.
- Vinhedo: Suspendeu a aprovação de novos loteamentos como medida de gestão da crise.
- Hortolândia: Emitiu alerta máximo à população sobre a criticidade da situação.
- Paulínia: Registrou casos de água amarela devido à escassez de chuva e alterações na qualidade da captação.
- Pedreira: Entrou em alerta e precisou rebaixar as válvulas de captação em seus mananciais.
- Sumaré: Comunicou à população sobre o impacto na qualidade da água e falhas no fornecimento em diversos bairros.
- Holambra: Moradores relataram o registro de água escura nas torneiras.
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A cidade de Limeira, na região de Piracicaba, mas vizinha à RMC, também decretou crise hídrica, reforçando a gravidade do cenário regional. Enquanto isso, a maioria dos demais municípios da RMC enfrenta problemas pontuais no fornecimento.
A crise é um reflexo direto da prolongada estiagem. Dados da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) confirmam que 100% do território paulista passou por algum período de seca nas últimas semanas.
O panorama dos principais mananciais também preocupa. Segundo a ANA, o eixo Jaguari do Sistema Cantareira opera, nesta segunda-feira, com apenas 27% de sua capacidade total, um índice que exige atenção redobrada dos gestores municipais.
O cenário é agravado pela ausência de chuvas. O volume chuva de 2025 em Americana é o menor dos últimos 10 anos, de acordo com informações do CIIAGRO, indicando uma seca de proporções históricas.
Questionada sobre o total de municípios afetados em todo o país, a ANA não havia se manifestado até o fechamento desta publicação. A ARES-PCJ (Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), por sua vez, informou que seu papel se limita a comunicar interrupções de abastecimento decorrentes de reparos, obras e manutenções programadas, e não a crise hídrica de mananciais.
Medidas de Economia: Diante do cenário, as autoridades reiteram o pedido para que a população adote o uso consciente da água, evitando o desperdício em atividades não essenciais.

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