Anúncio
Após ser arquivado pela Comissão de Ética do mandato passado, o caso da vereadora Esther Moraes (PV) contra o vereador Felipe Corá (PL) voltou à tona nos últimos dias com a retomada do processo na Comissão de Ética do atual mandato. Em novembro de 2022 durante uma sessão ordinária após uma acalourada discussão, Corá pediu para que Esther “latisse mais” e “continuasse latindo”, além de fazer gestos de latido com as mãos. Ainda, o parlamentar disse para que Esther “se reduzisse à própria insignificância”.
RECEBA AS NOTÍCIAS DO ENTRENEWS NO SEU WHATSAPP
Na época, Esther processou Felipe Corá e venceu na justiça. O parlamentar foi condenado a pagar R$16 mil à vereadora, além de ser obrigado a publicar uma retratação pública. Apesar do caso ter se encerrado na justiça, na época, o processo não andou na então Comissão de Ética, composta pelos “aliados” de Corá naquele tempo, os vereadores Reinaldo Casimiro (Podemos), Celso Ávila (PV), Jesus Vendedor (Avante), Arnaldo Alves (PSD) e Carlão Motorista (Republicanos).
Após o arquivamento, Esther se pronunciou afirmando que sequer havia sido ouvida pelos membros da Comissão, assim como nenhuma outra testemunha foi chamada. O arquivamento foi assinado pelo então relator, o vereador Celso Ávila, quec alegou no documento que não foi possível a identificação exata da fala de Felipe Corá. Após o arquivamento, Esther pediu a reabertura do processo, que passou pela Procuradoria Jurídica e pela Diretoria Legislativa, etapas previstas no Regimento Interno do Legislativo e foi encaminhado á Comissão de Ética no último dia 8.
Questionado pelo Entrenews, o atual presidente da Comissão de Ética, vereador Cabo Dorigon, afirmou que a comissão se reuniu e reiniciou os trabalhos no processo. A partir de agora, as partes envolvidas terão 15 dias para se manifestarem sobre o assunto e então a comissão se reunirá novamente.
O Entrenews também falou com Esther. ” Julgo importante que o Conselho de Ética da Câmara Municipal dê uma resposta ainda que tardia a sociedade barbarense em especial às mulheres, instaurando a devida apuração dos fatos, ouvindo as partes envolvidas, e adotando as providências necessárias dentro do devido processo legal. O Poder Judiciário já exerceu seu papel. Cabe agora à Câmara posicionar-se institucionalmente diante de um episódio que configura violência política contra a única mulher eleita para esta Casa Legislativa. Mais do que um ataque individual, trata-se de uma afronta à representação feminina e aos princípios democráticos que garantem a participação das mulheres na vida política do país”, disse a parlamentar.
O vereador Felipe Corá também foi procurado pela reportagem, mas não retornou o contato.
LEIA + NOTÍCIAS AQUI
ALINHAMENTO: Na época, Esther e Corá eram claramente “inimigos”, até pelo posicionamento político dos dois – um esquerda e outro direita -, porém, desde 2022 o cenário mudou. Atualmente, Esther e Felipe mantém diálogo e estão juntos no mesmo barco em apoio ao ex-prefeito Denis Andia (MDB) que deve ser candidato a deputado em 2026. Felipe Corá entrou em contato com o Entrenews para afirmar que não apoia Denis Andia.
Anúncio