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O Estado de São Paulo registrou queda de 10% nos casos de feminicídios entre janeiro e abril deste ano, comparado ao mesmo período de 2024. Foram 81 mulheres assassinadas por razão de gênero em 2025, contra 90 no ano passado.
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Apesar da queda no total do quadrimestre, o número de feminicídios em abril aumentou, foram 20 casos no mês, quatro a mais que os 16 registrados em abril do ano anterior.
De acordo com a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), os registros de estupro caíram no mesmo período. Em abril deste ano, foram 1.174 denúncias contra 1.219 no mesmo mês do ano passado, uma redução de 3,6%.
A delegada Adriana Liporoni, coordenadora das DDMs, explica que o monitoramento constante dos números ajuda o governo a planejar ações para proteger melhor as mulheres. “É um crime que envolve fatores sociais e culturais, além de diversos outros órgãos que vão além da segurança pública”, disse.
Ela também afirma que as mulheres estão mais encorajadas a denunciar a violência doméstica, o que ajuda a interromper ciclos de agressão. De janeiro a abril, foram registrados 71 mil boletins de ocorrência por esse tipo de crime — 8% a mais do que no mesmo período de 2024.
Mais delegacias da mulher em SP
Para combater a violência contra a mulher, o Governo de São Paulo está ampliando os serviços de proteção. Em 2025, foram abertas sete novas Delegacias da Mulher que funcionam 24 horas. Agora, todas as regiões do estado têm unidades especializadas.
Ao todo, SP conta com 141 delegacias da mulher. Além disso, 162 salas chamadas DDMs funcionam nos plantões das delegacias comuns. Nesses espaços, as vítimas são atendidas por videoconferência por profissionais treinados, em ambiente acolhedor. Só no ano passado, 68 dessas salas foram abertas.
Outra iniciativa é a Cabine Lilás, projeto que oferece atendimento exclusivo por policiais femininas pelo telefone 190. A vítima recebe orientações, pode acionar viaturas e é informada sobre serviços de apoio próximos à sua casa.
Aplicativo ajuda mulheres em situação de risco
A tecnologia também está sendo usada para ajudar. Pelo aplicativo SP Mulher Segura, é possível registrar boletins de ocorrência de onde a mulher estiver. Se ela tiver medida protetiva, pode acionar um botão do pânico caso o agressor se aproxime. A Polícia Militar é avisada imediatamente, especialmente se o agressor estiver usando tornozeleira eletrônica.
O app ainda oferece informações sobre serviços como assistência jurídica gratuita, pensão alimentícia, guarda dos filhos, abrigos, auxílio-aluguel e atendimento de saúde.
SP por Todas
As ações fazem parte do movimento SP por Todas, criado pelo Governo do Estado para fortalecer a rede de apoio às mulheres. O objetivo é oferecer proteção, acolhimento e mais autonomia para as vítimas de violência.
Mais informações sobre os serviços podem ser acessadas no site, clicando aqui.
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Foto: Governo de SP
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