A prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) causou comoção em nível nacional — da manifestação do governador Tarcísio de Freitas até reações vindas da Casa Branca. No entanto, em Americana e Santa Bárbara d’Oeste, Sumaré e Nova Odessa, o impacto político tem sido surpreendentemente discreto.
Os políticos locais, em sua maioria, não embarcaram no “hype” da prisão do líder da direita brasileira. A movimentação tímida nas redes sociais indica uma possível queda significativa no capital político de Bolsonaro a nível municipal.
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Até o momento, apenas dois vereadores da região — um de Campinas e outro de Santa Bárbara — se manifestaram publicamente em apoio ao ex-presidente. Em contrapartida, diversas figuras se posicionaram a favor da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Entre os poucos que romperam o silêncio, chefe de gabinete de Americana Franco Sardelli (PL) foi o único da região a publicar um vídeo criticando diretamente a prisão de Bolsonaro, defendendo o ex-presidente com imagens e palavras.
“Estamos vivendo um momento muito difícil no Brasil. A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, sem crime comprovado, revela a consolidação de uma ditadura que tenta calar a oposição usando o Judiciário como arma. A Constituição está sendo ignorada, os direitos individuais estão sob ataque, e a liberdade de expressão está morrendo diante dos nossos olhos. Se hoje silenciam um ex-presidente, amanhã pode ser qualquer cidadão. Minha solidariedade total ao presidente e à sua família. O Brasil precisa reagir”, disse Franco ao Entrenews.
Já o ex-deputado Ricardo Molina limitou-se a compartilhar a notícia da prisão acompanhada de um vídeo do governador Tarcísio de Freitas. Pouco depois, o ex-vereador Rafael Macris também veio a público para se posicionar contra a decisão do STF.
A baixa adesão nas redes sociais e a cautela de muitas lideranças em comentar o caso sugerem que o bolsonarismo começa a perder fôlego político na esfera municipal na região.
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