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O adolescente italiano Carlo Acutis foi canonizado neste domingo (7) em cerimônia conduzida pelo papa Leão XIV na Praça São Pedro, no Vaticano. Conhecido como “Influenciador de Deus”, Acutis tornou-se o primeiro santo da geração millennial, formada por pessoas nascidas entre as décadas de 1980 e 1990.
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Acutis morreu em 2006, aos 15 anos, no dia 12 de outubro, mesma data da festa de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. A ligação com o país também está no milagre que levou à sua beatificação em 2020.
Uma criança brasileira, em Campo Grande (Mato Grosso do Sul), foi curada de forma inexplicável após o contato com uma peça de roupa do jovem que continha vestígios de sangue.
Cerimônia no Vaticano marca canonização de Carlo Acutis
A celebração pela canonização de Acutis reuniu milhares de fiéis e autoridades civis, entre elas o presidente da Itália, Sergio Mattarella, e o presidente da Câmara dos Deputados, Lorenzo Fontana.
Na mesma ocasião, a Igreja Católica declarou santo o italiano Pier Giorgio Frassati, lembrado por seu engajamento social e espírito de caridade cristã.
Durante o rito solene, Leão XIV ressaltou a importância do exemplo dos dois jovens. O pontífice afirmou que todos são chamados à santidade e destacou que essa foi sua primeira canonização desde a eleição em maio.
Entenda como funciona o processo de canonização na Igreja Católica
Antigamente somente o papa podia promover uma causa de canonização. Hoje, os bispos também têm autoridade para iniciar esse processo em qualquer diocese do mundo.
O bispo nomeia um postulador, espécie de advogado, responsável por investigar detalhadamente a vida do candidato e comprovar sua fama de santidade. Quando a causa é aberta, o candidato recebe o título de Servo de Deus.
O primeiro processo é o das virtudes ou martírio. Essa etapa é a mais longa porque envolve uma análise minuciosa da vida do Servo de Deus. Em caso de martírio, é necessário comprovar as circunstâncias da morte. Ao final dessa fase, o candidato é reconhecido como Venerável.
O segundo processo é o da beatificação, que exige a comprovação de um milagre atribuído ao candidato. Para mártires, o milagre não é necessário. Após a beatificação, o fiel recebe o título de Beato.
O terceiro e último processo é o da canonização, que requer um milagre ocorrido após a beatificação. Uma vez comprovado, o beato é proclamado santo e passa a ser cultuado universalmente.
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Fotos: Vatican Media
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