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A ligação entre o vídeo de Nikolas Ferreira (PL-MG) e o esquema de lavagem do PCC ganhou destaque nesta quinta-feira (28) em coletiva do secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas.
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Ele afirmou que fake news sobre o Pix no início do ano enfraqueceram a fiscalização financeira e levaram ao recuo de uma norma que enquadrava fintechs sob as mesmas regras aplicadas aos bancos.
Barreirinhas alertou que a decisão favoreceu diretamente o avanço do crime organizado e classificou a ofensiva de desinformação contra a Receita Federal como o maior ataque da história ao órgão.
A instituição publicou em setembro de 2024 a Instrução Normativa (IN) 2219/24, que previa maior controle sobre operações financeiras realizadas por fintechs. A medida enfrentou forte resistência após viralização de conteúdos que a associavam a uma suposta “taxação do Pix”.
Operações revelam uso de fintechs por facção criminosa
O secretário explicou que três operações deflagradas nesta quinta-feira revelaram o uso de instituições financeiras por facções criminosas para lavagem de dinheiro. Barreirinhas reforçou que o recuo na aplicação da IN 2219/24 foi negativo para o país, pois enfraqueceu os mecanismos de combate ao crime organizado.
Ele destacou que as informações falsas disseminadas nas redes sociais ajudaram organizações criminosas. Barreirinhas defendeu o retorno imediato da regulamentação para restabelecer a fiscalização sobre os entes financeiros.
Impacto do vídeo de Nikolas Ferreira na decisão do governo
Em janeiro, o deputado federal Nikolas Ferreira publicou um vídeo classificando a IN como “taxação do Pix”. O conteúdo ultrapassou cem milhões de visualizações e levou ao recuo do governo. O então Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na época que “o estrago já estava feito”.
Haddad declarou nesta quinta-feira que, a partir de sexta-feira, as fintechs passarão a ser tratadas como instituições financeiras para fins de fiscalização. Ele ressaltou que uma nova Instrução Normativa será publicada com o objetivo de ampliar o controle sobre movimentações financeiras suspeitas.
Segundo o ministro, o governo usará mecanismos de Inteligência Artificial para acelerar investigações e impedir práticas ilegais associadas a grupos criminosos.
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Foto: Reprodução Redes Sociais

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