Usina Furlan é alvo da megaoperação contra esquema do PCC

Usina Furlan é alvo da megaoperação contra esquema do PCC

Postado em 28/08/2025 , por Patrícia di Sanctis

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A Usina Furlan, em Santa Bárbara d’Oeste (SP), foi alvo de uma megaoperação policial na manhã desta quinta-feira (28), que investiga um esquema bilionário de lavagem de dinheiro ligado à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

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A ação mobilizou a Polícia Federal (PF), Receita Federal e Ministério Público de São Paulo (MPSP), com buscas em mais de 350 endereços em oito Estados.

Além de São Paulo, havia alvos no Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Goiás e Santa Catarina.

 

Esquema de lavagem de dinheiro e fraude fiscal

O PCC usava mais de mil postos de combustíveis em dez estados para movimentar ilegalmente valores, além de controlar 40 fundos de investimentos, usinas de álcool e imóveis avaliados em bilhões.

O esquema incluía empresas formuladoras de combustíveis e lojas de conveniência, com faturamento e sonegação estimados em R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024, e multa da Receita Federal de R$ 891 milhões.

 

Usina Furlan é alvo da megaoperação contra esquema do PCC .
Como funcionava o esquema | Arte: Receita Federal

 

Fintechs e fundos de investimento

Dinheiro do PCC era inserido no sistema financeiro por meio de fintechs, incluindo a BK Instituição de Pagamento S.A., que funcionava como banco paralelo.

Os recursos eram redistribuídos para empresas, postos e fundos controlados pela facção, e reinvestidos em usinas, terminais portuários, caminhões e imóveis, com patrimônio estimado em R$ 30 bilhões.

 

Alvos e abrangência da operação

Na região de Campinas e Piracicaba, 16 alvos foram identificados, incluindo cidades como Campinas, Paulínia, Cosmópolis, Piracicaba, Rio das Pedras e Santa Bárbara d’Oeste.

A operação visa desarticular crimes de fraude fiscal, adulteração de combustíveis, estelionato, lavagem de dinheiro e crimes ambientais.

 

Impacto e alcance

 

O esquema provocou sonegação superior a R$ 7,6 bilhões em tributos federais, estaduais e municipais.

Além da Usina Furlan, outras usinas investigadas são Itajobi, Carolo e Rio Pardo, e o grupo Copape e Aster está entre os principais alvos.

Entre os imóveis comprados pela facção, estavam seis fazendas no interior de São Paulo, avaliadas em R$ 31 milhões, e uma residência em Trancoso (BA), comprada por R$ 13 milhões.

 

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Foto: Polícia Federal
Usina Furlan é alvo da megaoperação contra esquema do PCC .

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