A Vigilância em Saúde de Nova Odessa (SP) confirmou nesta semana dois casos de leishmaniose canina e intensificou as ações de prevenção na cidade. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (17) pela Prefeitura que atua em conjunto com o Setor de Zoonoses municipal e estadual.
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As equipes estão percorrendo as regiões onde os animais infectados foram identificados para convocar tutores de cães a comparecerem ao Serviço de Bem-Estar Animal, na Rua Ângelo Príncipe Padela, 210, no Parque Fabrício, ao lado do Parque Municipal das Crianças. No local, são realizadas coletas de material para exames laboratoriais com o objetivo de monitorar e evitar a disseminação da doença.
A diretora da Vigilância em Saúde, Joseane Martins Gomes, explicou que um dos cães foi adotado em outra cidade e que a suspeita é de transmissão transplacentária, quando o parasita é passado da mãe para o filhote.
“A Leishmaniose Visceral é uma doença grave. A infecção ocorre exclusivamente por meio da picada do inseto contaminado, não havendo risco de transmissão direta entre cães ou entre cães e pessoas”, alertou a diretora.
A investigação é feita em parceria com a Vigilância de Zoonoses do Estado, que instalou armadilhas para captura e monitoramento do mosquito-palha (Lutzomyia longipalpis), vetor da doença. Esse inseto não é encontrado em Nova Odessa desde 2017.
Sinais de alerta nos cães
Entre os principais sintomas da leishmaniose canina estão feridas que não cicatrizam, queda de pelos, perda de peso, crescimento excessivo das unhas, fraqueza e apatia.
A Vigilância orienta que, ao perceber qualquer um desses sinais, o tutor procure um médico-veterinário, já que somente o exame laboratorial confirma o diagnóstico.
A prevenção é a melhor forma de proteção. O uso de coleiras repelentes com deltametrina 4%, manter o quintal limpo e sem matéria orgânica acumulada, retirar fezes com frequência e evitar que os cães fiquem do lado de fora no fim da tarde e à noite são medidas fundamentais.
Joseane reforçou que não há motivo para medo ou abandono. “Os cães são vítimas da doença, não transmissores diretos. O cuidado e a prevenção são as melhores formas de proteger os animais e as pessoas”, destacou ela.
Tratamento da leishmaniose
O tratamento inclui o uso de medicamentos específicos, como alopurinol e miltefosina, além de cuidados com alimentação, higiene e ambiente. O protocolo exige acompanhamento contínuo e medidas preventivas permanentes, pois o parasita não é completamente eliminado.
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Foto: Prefeitura de Nova Odessa

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